Ocorrência da Síndrome de Burnout em enfermeiros das Unidades de Saúde da Família no município de São Sebastião do Paraíso – MG

Resumo

A Síndrome de Burnout é caracterizada por estresse laboral crônico quando o indivíduo perde a capacidade de enfrentamento dos problemas cotidianos e desenvolve sintomas como exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal, tendo uma alta incidência nos profissionais de saúde. Objetivou-se verificar a ocorrência em enfermeiros nas Unidades de Saúde da Família (USF) de São Sebastião do Paraíso - MG, pois há falta de conhecimento sobre a doença, causando danos físicos e psíquicos na saúde do trabalhador. Utilizou-se a Metodologia quantitativa transversal, usando Malasch Burnout Inventory, (MBI), um questionário para profissionais da área de saúde que identificam a sintomatologia da Síndrome. Os dados foram analisados com base na estatística descritiva dos níveis estimados pela soma dos escores nos fatores e percentis da distribuição dos intervalos para identificação dos níveis baixo, moderado e alto, e conforme o critério avaliativo de Ramirez, os três níveis necessitam estar alterados. Neste estudo obteve-se destaques nos níveis evolutivos ao Burnout tendo 46,67% em nível médio de exaustão emocional, 46,67% em nível médio de despersonalização, 60% em nível baixo em realização profissional, o que representa números significativos para desenvolvimento da Síndrome. Houve divergência nos estudos de Brito, Cruz, Figueiredo (2008) em que o acometimento ao Burnout foi de 4% a 85,7%. Como observado neste estudo sobre a ocorrência da Síndrome de Burnout, a maioria dos profissionais enfermeiros são do sexo feminino, com baixa renda, sobrecarga de trabalho, condições e recursos de trabalho desfavoráveis, perfil estes que corroboram com a maioria dos estudos. A USF é um novo  modelo de assistência que pode levar ao estresse e a falta de conhecimento e identificação por parte dos profissionais sobre o Burnout pode consequentemente trazer danos à saúde. Promoção e prevenção com intervenções para melhorar a qualidade de vida e condições trabalhistas são essenciais ao trabalhador para não terem prejuízos no seu desenvolvimento familiar, institucional e social.